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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

2009 - Retrospectiva Robsten: Capítulo 39


POV KRIS




Malditos 15 dias, só 15 dias que ele havia partido, eu ainda sinto aquela maldita saudade, aquele maldito buraco no peito todas as vezes que desligo o telefone. Não fiquei pelos cantos me lamentando e chorando, mas chorei, em meu quarto, noites seguidas, era o inferno não ter ele ali.

Precisei cortar meu cabelo por causa da personagem, não titubeei, esse é meu trabalho, meu corpo é meu instrumento, mas quando me vi no espelho, quase desmaiei, não pude deixar de chorar, cabelo cresce, mas PORRA, era o meu cabelo que agora estava parecendo um ninho de pombos, ele não parava de jeito nenhum. Ainda precisei engordar 5 quilos. Minha auto-estima foi lá no pé, eu me sentia gorda e descabelada, quem pode me culpar, sou mulher, meu namorado está do outro lado do país beijando uma loira com lindos cabelos e magra. Só uma pessoa pode me animar.

Passei a mão no telefone e disquei seu número, me sentei no centro da agora grande cama de casal, desde o dia que dormimos aqui decidi que precisava de uma cama maior, encostei contra os travesseiros e abracei os joelhos, o celular no viva-voz, chamava, chamava e nada.

– Alô. - sorri ao ouvir aquela sua voz.

– Sweetie.

– Oh Love, ia te ligar.

– Quase desisti.

– Estava no banho, não ouvi tocar.

– Tudo bem. - tentei bloquear a visão de seu corpo nú e molhado. - Como estão as coisas por aí?

– Bem, já começamos a gravar. E aí, a vaca velha, já parou de fazer meu bebê chorar?- ri da voz que ele usou. Joan vinha sendo difícil, ela exigia demais e eu me esforçava ao máximo, mas nunca parecia ficar bom o bastante para ela.

– Melhorando. - suspirei.

– O que foi?

– Nada. - mordi o lábio.

– Sei que aí tem, anda me conte.

– Só que ... é bobagem.

– Mesmo assim.

– Ainda ... é ... uh ... ainda estou me sentindo horrível. - segurei o choro, Rob odeia me ver ou ouvir chorar.

– Love, pare com isso, está linda. O cabelo é um pouco exótico.

– Uma merda, essa porra não fica de jeito nenhum, pensei até em raspar careca.

Ouvi seu riso do outro lado da linha e sorri junto. Impossível não sorrir e me sentir melhor.

– Pequena, está linda. Não minto para você lembra? Não vou negar que me surpreendi um pouco quando me mandou a foto, é só questão de costume. E antes que diga que está gorda, vou logo dizendo que 5 quilos a mais nesse seu corpo perfeito só te deixaram ainda mais gostosa.

– Você acha mesmo isso ou só quer fazer eu me sentir melhor?

– Eu não acho, tenho certeza. - sorri e deixei de chatisse.

Aproveitei para saber de tudo que ele estava passando no set, fãs loucas o seguindo todo o tempo, estava sendo muito difícil para ele conseguir se concentrar e gravar, as cenas tinham que ser repetidas muitas vezes, Rob se sentia constantemente cansado e pressionado.

Depois desse dia mandei todas minhas inseguranças para o inferno, ambos precisávamos do apoio do outro. Nos falávamos todos os dias, os horários não eram certos. Rob sempre teve uma arma na manga, suas mensagens quase pornográficas, Que eu amava, claro. Me tornei uma provocadora tão boa quanto ele.

A falta de sexo foi um problema, afinal sai de uma vida sexual bastante ativa, para uma totalmente sem sexo. Nada poderia suprir essa minha necessidade, somente ele, me masturbar aliviava, mas depois sempre sentia falta do seu corpo, da sua voz, de deitar em seu peito, seu cheiro suas mãos em meus cabelos, sua voz sussurrando coisas doces, não era o sexo em si e sim o fazer amor com ele que me fazia falta.

Sexo por telefone foi nossa última tentativa de suprir de alguma forma a necessidade do nosso corpo, era melhor ouvir ele sussurrando o que queria fazer comigo, como eu deveria me tocar, dizer com eu o queria, ouvir seus gemidos e sussurros. Mas ainda assim não era a mesma coisa, só seria com ele ali, dormindo ao meu lado depois de cairmos exaustos e saciados um do outro.

Um mês, ainda falta um maldito mês. Nesse meio tempo vou matar alguém ou subir pelas paredes.


POV ROB



Alguns dias após o começo das filmagens eu fui literalmente atropelado por fãs, na verdade não foram bem elas que me atropelaram e sim um táxi.

Estava chovendo muito e nos deram um intervalo, resolvi então comprar um livro que eu e Kristen queríamos ler. A porra do lugar se encheu de garotas gritando e chorando, eu realmente temi por mim naquele momento, trancam as portas pra que ninguém entrasse, os seguranças do estúdio foram chamados para me tirar dali.

Tentei correr para o outro lado da rua enquanto os seguranças abriam caminho entre tantas garotas histéricas, me sentia tão atordoado que não vi o carro vindo, o motorista coitado freou bruscamente, o carro parou encostado ao meu quadril, foi um baque fraco provavelmente só teria um roxo no local, mas eu parei, fiquei sem reação por alguns segundos.

– Jesus, está tudo bem? Não te vi, você saiu do nada, garoto. - o taxista perguntou mas minha voz não saiu.

– Viu o que fez? Você quase o mata. - um dos seguranças gritou caminhando em direção ao outro homem.

– Estou bem, a culpa foi minha que não prestei atenção se vinha carros.

– Mas ... - o segurança retrucou.

– Não foi nada, só um susto. Desculpe Senhor, nõ foi minha intenção, só ... - apontei para a multidão que gritava, o homem sorriu de forma compreensiva para mim.

– Acontece, mas tome mais cuidado.

– Tomarei.

Como imaginei em menos de 10 minutos estava em todos os sites, e pelo visto aumentaram como sempre, minha mãe e amigos ligaram desesperados, Jules me ligou mais desesperada ainda, ela leu em algum lugar que eu estava no hospital entre a vida e a morte, juro que quando falei "Alô", ela deu um grito tão alto que quase me deixa surdo.

– Estou bem, juro.

– Graças a Deus, teria dois velórios para ir o seu e da Kris, talvez de quem desse a noticia que ela mataria antes de morrer. - ri e lhe assegurei mais uma vez de que tudo estava bem, ela mandou me cuidar e desligou.

Emilie estava sentada na cadeira ao meu lado, os olhos arregalados.

– Estou bem.

– Tem certeza?

– Tenho sim. - sorri para ela e suspirei, Emilie é uma mulher divertida e agradável, temos uma boa relação, nada muito intimo mas confortável, a todo custo tentava me acalmar, admito meu humor não era dos melhores. Eu queria minha pequena ali, para me abraçar e gritar que mataria aquela loucas. - Isso é insano, sou só um idiota com muita sorte e um pouco de talento.

– É insano sim, não sei como ficaria se fosse comigo, talvez eu corresse e me escondesse de baixo de uma mesa chorando e tremendo. - rimos. - Você é muito talentoso, Rob, não se diminua. - lembrei de Kristen dizendo aquelas palavras, mas com alguns palavrões no meio.

– Só ... eu tento absorver tudo isso. - cocei as sobrancelhas. - Vou ao banheiro, com licença.

Joguei uma água gelada no rosto, sequei as mãos no jeans e senti falta do meu celular. Tinha tentado falar com Kris, mas o celular estava desligado, acabei desistindo, ela devia estar ocupada.

– Seu celular estava criando vida já, pensei que fosse sair andando por aí atrás de você. - peguei o telefone e tinha 10 ligações não atendidas em 5 minutos, todas de Kristen. - Não atendi, fiquei com vontade para que parasse de tocar, mas diziaLoveno visor.

– Obrigado, é Kristen, ela deve estar desesperada. - antes que pudesse registrar já havia dito tudo, Emilie sorriu em compreensão. - Ninguém vai amansar a fera, nem a mãe dela.


– Só você. - afirmou.

– Yep, e mesmo assim ela vai demorar a acreditar que estou bem. - sorri e me afstei para ligar.

– Rob, pelo amor de Deus, onde está?

– Hey. Estou no set, está tudo bem.

– Bem porra nenhuma, você foi atropelado, disseram que quebrou a perna, desmaiou.

– Mentira, não foi nada, o carro freio à tempo, só está dolorido onde ele bateu, mas foi de leve, provavelmente vai só ficar um roxo bem feio.

– Deus, isso é loucura, Sweetie, poderia ter sido algo sério, você podia ter se machucado, Por favor, por mim, Rob, pare de pensar nos outros e se cuide.

– Eu ... me cuido. - falei baixo, sabendo que não era verdade.

– Porra nenhuma. Robert você vai à um médico, não estou brincando, pode não estar doendo agora, mas depois que você dormir e adrenalina passar vai doer horrores e pode ter machucado.-fiz uma careta, como ela sábia que estava doendo.

– Baby não foi nada.

– Robert vou desligar, só me liga depois de ir ao médico, não vou ficar discutindo, quero que se cuide. Tchau. - e então nada. Olhei incrédulo para o aparelho ela havia desligado na minha cara, ela estava muito angustiada e preocupada, mas não era motivo para aquilo.

Sentei em minha cadeira bufando de raiva eu ñ iria ligar, nem ir em médico nenhum, ela que ligasse de volta e pedisse desculpas.

– Algum problema? - meio que me assustei ao ouvir a voz feminina ao meu lado. - Desculpe não quis ser intrometida.

– Não. A ... hm ... - eu precisava conversar com alguém. - Kristen desligou na minha cara. - ri pelo nariz. - Eu não entendo.

– Desligou, o que você fez?

– Mas ... porque sempre acham que o homem quem fez alguma coisa?

– Por que, ela está morrendo de preocupação, está do outro lado do país e não pode cuidar de você, ter certeza que está tudo bem.

– Ela quer que eu vá ao médico, mas eu estou bem.

– Não a culpo por desligar na sua cara. Custa acalmar o coração dela e ir ao maldito médico? - arregalei os olhos. - Rob, essa loucura toda em cima de você me assusta e eu estou do seu lado vendo que está bem. Kristen está longe e não pode te ver, faça o que ela pediu. Se coloque no lugar dela, o que faria?

Dito isso se levantou e foi embora. Mulheres. Mandei uma mensagem para Kristen.

“ Baby, eu vou ao médico, mas só porque está me pedindo, estou realmente bem, não se preocupe, te ligo assim que sair do consultório. Te amo. Seu Rob.”

Podia ver a careta que ela faria ao ler a mensagem e sorri. Minha turrona.

Pedi algumas horas de folga, o carro com mais 3 seguranças me levou até um consultório médico que atendia ao estúdio.

Na sala de espera fiquei pensando em como me sentiria se Kristen tivesse se machucado, eu piraria, eu pirei quando ela torceu o pé e um médico disse que não era nada, mal a deixava andar. Ri com a lembrança.

O médico acabou tirando um raio-x e como eu já sábia não deu nada, mesmo assim ele me passou um antiinflamatório e uma pomada para passar na enorme mancha roxa que se formou no meu quadril, também me receitou um remédio para dor, disse que mais tarde eu sentiria dores pelo corpo.

Assim que saí pela porta, peguei o telefone e disquei o número da minha namorada birrenta.


– Hey.

– Oi. – respondeu seca.

– Pronto está tudo bem, vou tomar um antiinflamatório, passar uma pomada e caso sinta dores tem outro remédio. – ouvi seu suspiro.

– Obrigada, Sweetie e desculpa por ter desligado daquele jeito, sei que está sobre pressão e cansado não devia te pressionar ainda mais.

– Ok. Se estivesse no seu lugar teria pirado igual ou pior.

– Não faço mais, tá bom? - falou manhosa.

– Tudo bem, baby. - falei sorrindo.

– Atrasou as filmagens?

– Mais, as filmagens estão cada vez mais atrasadas por causa desse tumulto.

– Eu sinto tanto.

– Queria que estivesse aqui, estou tão cansado dessa gritaria. - ouvi ela respirar fundo do outro lado. - Quero seu colo, seu cheiro, me enroscar no seu corpo e descansar, relaxar.

– Nossa, Robert, com tanta coisa para fazer com meu corpo você quer dormir? Você já foi melhor. - Kris gargalhou do outro lado, meu corpo absorveu o som, me senti leve.

– Essa é a segunda parte, antes disso eu te comer de todos os jeitos, me enterrar em você, chupar e lamber todo esse corpo, beijar essa boca gostosa. Sabe o que eu vou colocar nessa sua boquinha?

– O que? - safada.

– Meu pau. Hm ... até posso sentir sua língua em mim, seus lábios me sugando. Oh baby. - ela gemeu comigo. Dei graças a Deus por me deixarem voltar sozinho.

– Quando eu te pegar, Pattinson, você me paga.

– Ficou molhadinha, você é uma safada.

– Merda.

Alguém a estava chamando, pude ouvir o som de uma voz gritar seu nome ao fundo.

– Hm ... eu vou adorar, vou te chupar bem forte, bem fundo, do jeito que você gosta, vou deixar gozar na minha boquinha, você quer? - sua voz soava manhosa, me dando arrepios.

– Porra. - soltei a mão do volante e esfreguei minha ereção sobre a calça.

– Sweetie, queria ficar o dia todo falando com você, mas estão me chamando eu preciso ir.

– Foge, agora que me deixou duro, vou ter que dar meu jeito, vou pensar nos seus dedos em volta dele.

– Porra , Robert. Não vou consegui me concentrar. - ri. - Tchau gostoso.

– Tchau delicia. Eu amo você.

– Também te amo. Beijos - esperei ela desligar. - Ah ... cuidado com meu brinquedo, vai com calma. - rimos.

– Tchau Kristen. - ouvi o som de estática e soltei um muxoxo.


Por conta do alvoroço minhas gravações se atrasaram em mais de uma semana. No dia que fui informado fiquei tão puto e acabei descontando na minha pequena, ela também estava sobre grande pressão, seu personagem era muito forte e exigia muito dela, ela estava sempre tensa e cansada, gravava horas a fio, sem parar.

Depois de brigar com ela me senti um merda, ela estava tão frágil e sensível naquele dia e eu fui um grosso, explodi quando ela fez uma cena de ciúme pelo telefone. Não tinha sido para tanto, mas descontei toda minha raiva nela. Kristen desligou na minha cara e pior chorando, no mesmo momento me arrependi, mas não consegui falar com ela.

Não consegui me concentrar e tinha que gravar a cena mais tensa do filme, ela não me atendia, eu sábia que era seu dia de folga, ela não queria me atender, isso me quebrou em mil pedaços. Kristen é assim quando fica com raiva faz silêncio e bico por horas, depois explodi e não sobra nada em volta.

Mas para minha total surpresa quando finalmente me atendeu, só no dia seguinte, não me xingou ou ameaçou de morte, ela estava chateada e chorou. Me matando.

Consegui me desculpar e tudo ficou aparentemente bem. Certeza só quando a visse.

Continua...


Capítulo 38                                                                                           Capítulo 40

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